Desenvolvimento na idade adulta

     A entrada na vida adulta ocorre por meio de um processo menos perceptível e mais dilatado do que a entrada na adolescência. Na sociedade ocidental, e até há pouco tempo, o casamento, ou seja, o facto de abandonar a casa dos pais para formar um lar e uma família própria, era um desses índices.

    Nas ultimas décadas, esse quadro mudou. As relações sentimentais e sexuais desenvolvem-se frequentemente à margem do casamento e, inclusive, sem uma convivência num lar próprio. Relações estáveis entre os casais podem ser estabelecidas precocemente, ate mesmo na adolescência, mas o projeto de constituição familiar é muito postergado.

    Actualmente, o que marca a transição para a idade adulta é uma complexa gama de circunstâncias: o trabalho remunerado, a autonomia econômica, o desprendimento da família, do lar em que se nasceu, o casamento ou a formação de um casal com vontade de permanência, a formação de uma nova família. No entanto, existem pessoas que não constituem uma relação de casal e que vivem sozinhas durante longas etapas da sua vida adulta.

    A terceira idade é a velhice tardia e encontra-se em clara continuidade em relação à velhice intermediaria; o processo de envelhecimento não difere, substancialmente, do da maturidade; em ambos ocorre, ou pode ocorrer, o verdadeiro desenvolvimento em direção à plenitude da existência.

    A seguir, serão abordados aspectos da personalidade, que é o conceito – ou família de conceitos – do qual a psicologia se serve para refletir e analisar a realidade da pessoa humana: individuo, sujeito de comportamento, um sujeito que não é meramente passivo ou somente reativo, mas sim agente, principio de comportamento, de ações e que funciona – se conduz – em interação com o meio e é capaz de auto-regulação.

    A personalidade não é alheia, portanto, ao seu próprio desenvolvimento: ela tanto nasce quanto se faz, aprende-se e desenvolve-se.